A história de
Presidente Médici envolve a colonização no Estado de Rondônia, que teve o seu
inicio no final da década de 60, na época, o governo federal através do
Ministério da Agricultura incentivou a ocupação da Amazônia legal, no qual
técnicos do então Instituto Brasileiro de Reforma Agrária–Inbra (hoje
transformado em INCRA) executou no então Território Federal de Rondônia nove
projetos de assentamentos.
Os primeiros registros
de que se tem notícia sobre as origens do município de Presidente Médici datam
de 1915, quando da passagem da comissão de Rondon pela região. Dados constantes
do relatório da Comissão de Rondon daquele ano informam que a região já era
habitada por seringueiros e trabalhadores do seringal São Pedro do Muqui.
Desde então a região
permaneceu praticamente imutável até a abertura da rodovia federal BR 364, do
início do incentivo à colonização do Estado de Rondônia e da região Norte do
país. Os primeiros colonos chegaram ao local da margem da rodovia BR 364, a
partir da década de sessenta, instalando-se em apenas quatro barracas ao lado
do lamaçal que cobria a estrada.
A localidade ficou
conhecida como Trinta e Três por estar a 33 km da então Vila de Rondônia, atual
cidade de Ji - Paraná. Seus moradores, todos agricultores, socorriam de alguma
forma os motoristas e passageiros de viaturas que ficavam retidas em um imenso
atoleiro conhecido por Muqui, nas proximidades do rio do mesmo nome.
A imigração para a
localidade ficou mais acentuada a partir de 1970, o que originou conflitos
litigiosos com o então proprietário das terras, Sr.José Milton de Andrade Rios,
que acusava os colonos imigrantes de grileiros e invasores de suas terras. As
terras ocupadas pelos colonos situavam-se entre os igarapés Preto e Leitão, que
segundo o pretenso proprietário, faziam parte da Fazenda Presidente Hermes, de
sua propriedade.
O INCRA tentava em vão
impedir a fixação dos colonos no local por não haver uma definição sobre a
posse de terras, quanto se era do senhor Milton Rios ou da União.
O lugarejo crescia em
número de habitantes e casas com a chegada de novos colonos que nele se
estabeleciam apesar da situação litigiosa. Diante do exposto, o INCRA/RO criou
o setor Leitão que era uma extensão do Projeto Integrado de Colonização Outro
Preto para assentar dentro das normas os colonos que pretendiam obter um lote
de terra naquele lugar.
O vilarejo ficou como
sede do projeto que surgia. No primeiro semestre de 1972, a população do
vilarejo atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligava Cuiabá/MT a
Porto Velho/RO faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila, e já
elevado à categoria de subdistrito.
As autoridades em
conjunto com a população passaram a analisar todas as possibilidades de
conseguir a transformação do subdistrito em distrito. Por isso foi convocada
uma reunião com a comunidade objetivando escolher um grupo de pessoas para
defender seus interesses.
Surgiu
assim a Sociedade amiga da vila. Com o novo nome de Presidente Médici o povoado
foi elevado a categoria de distrito do município de Ji - Paraná no dia 30 de
janeiro de 1978 pelo Decreto -Lei nº 81.272. Emancipação
Em decorrência do seu desenvolvimento sócio econômico, foi o distrito de Presidente Médici elevado à categoria de município, por força da Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, assinada pelo então Presidente da República, João Batista de Figueiredo, mantendo o mesmo nome com as áreas desmembradas do município de Ji - Paraná. Em cumprimento às Leis nºs 103, de 20 de maio de 1986; 157, de 19 de junho de 1987 e 604, de 10 de abril de 1995, o município cedeu área territorial para criação dos municípios de: Alvorada DOeste, Nova Brasilândia DOeste e Ministro Andreazza, respectivamente. A lei nº 493, de 9 de julho de 1993 prevê a cessão de área territorial do município de Ministro Andreazza para Presidente Médici.
Significado do Nome
Os pioneiros discutiam o novo nome do lugar em substituição ao Vila 33 e colocavam placas em frente de suas casas sugerindo os mais diversos nomes como: Nova Canaã, Nova Jerusalém e outros. Por um plebiscito escolheram um nome dentre vários apresentados, como Getúlio Vargas, Presidente Médici, Fátima do Norte, Cruzeiros do Sul, além de Nova Canaã e Nova Jerusalém, tendo saído vencedor o nome do presidente da república da época, Emilio Garrastazu Médici, confirmado em 30 de julho de 1973 pelo então governador do território de Rondônia, Teodorico Gahyva. Apesar do nome escolhido o povo, chamava o povoado de péla - jegue em sentido pejorativo, mas com o decorrer do tempo caiu em esquecimento.
Bairros
Atualmente, Presidente Médici está divida em 7 (sete) bairros/conjuntos habitacionais, sendo:
Centro, Ernandes Gonçalves, Cunha e Silva e Lino Alves Teixeira. Conjuntos Habitacionias: Pôr-do-Sol, Cohab e São Mateus.
Distritos
Estrela de Rondônia e Novo Riachuelo.
Vilas
Vila Bandeira Branca e Vila Camargo.
População
Aproximadamente 22.148 habitantes.
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