BRASÍLIA - A Polícia Civil do Distrito Federal acusa um menor de idade de ter assassinado sua ex-namorada com um tiro no rosto e compartilhar a imagem e vídeos do crime com amigos por aplicativos de celular. Na sequência, o jovem, que cometeu o crime a dois dias de completar 18 anos, foi para casa assistir pela televisão ao jogo entre Corinthians e São Paulo, no domingo, 9.
Gustavo Moreno CB D.A Press
Corpo da adolescente foi enterrado ontem na cidade-satélite do Gama
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O corpo de Yorrally Dias Ferreira, de 14 anos, foi encontrado na segunda-feira, 10, com um tiro na testa boiando sobre uma poça d'água suja no Parque Recreativo do Gama, cidade-satélite de Brasília. O atual namorado da garota, presente à identificação, fotografou o corpo e também compartilhou na internet.
A polícia aponta como motivação do crime o fato de o jovem desconfiar de que a ex-namorada saía com integrantes de uma gangue rival.
Em um outro vídeo também divulgado em um aplicativo de troca de mensagens pelo acusado de matar Yorrally, há a confissão do crime. No relato, ele diz que não queria mais sair com a jovem. Por isso, ela estaria pressionando integrantes do grupo rival a agredi-lo. "Vários já vieram falar comigo de que ela estava falando que eu tava (sic) ameaçando eles, jogando conversa fora", diz no vídeo.
O casal havia se conhecido pelas redes sociais. Tiveram um breve relacionamento.
Apreensão. O acusado foi preso na manhã desta quarta-feira, 12, e está no Centro de Atendimento Juvenil Especializado. No entanto, por ter cometido o crime ainda com 17 anos, cumprirá medidas socioeducativas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele deve ficar internado no máximo 3 anos. Se fosse maior de idade e respondesse de acordo com o Código Penal, a punição poderia chegar a até 30 anos de prisão. O jovem também não pode ter sua identidade revelada por ser menor de idade.
Segundo a polícia, ele confessou o crime em seu depoimento às autoridades. Contou que convidou a vítima para fumar maconha em um parque.
O local fica perto da casa dele. Lá, o rapaz pressionou Yorrally em uma conversa rápida para dizer o que ela estaria dizendo aos integrantes do grupo adversário. Disse que a mataria. A menina pediu para não ser morta, mas o rapaz atirou acima de seu olho direito. Ela morreu na hora. Ele fugiu para uma mata. Disse ter abandonado o revólver no caminho. Relatou ter planejado o assassinato três dias antes. Nesse período, obteve a arma com um conhecido.
O crime aconteceu na tarde de domingo. As buscas por ela começaram à noite, depois que a mãe da vítima sentiu falta da filha e se lembrou que ela dissera que iria se encontrar com o ex-namorado. A mãe então ligou para ele questionando sobre o paradeiro Yorrally. Ele negou que soubesse, mas a mãe disse que sabia que ela havia ido até a casa dele porque o GPS do celular apontava que ela esteve lá. O jovem então retornou ao local do crime para esconder o celular da vítima.
Localizou apenas um chip em sua bolsa, que foi prontamente destruído por ele. Ao relatar à polícia o episódio, o criminoso foi preso e acabou confessando o crime.
Fonte:estadao.br.msn.com
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