Passado o frisson causado pela visita da presidente Dilma Rousseff a Porto Velho, o rio Madeira continua a subir gradativamente trazendo sérios prejuízos à sociedade portovelhense.
De acordo com a metragem da Hermasa coletada pela Delegacia Fluvial, o rio Madeira amanheceu nesta terça-feira (18) com a marca de 19,14 metros acima de seu nível. Com uma média de aumento de dois centímetros por dias, as estimativas mais positivas de profissionais da área é a de que o rio alcance a histórica marca de 19,40 metros.
Enquanto o rio persiste em subir, mais de dois mil alunos da rede de ensino pública estadual de Porto Velho ainda não iniciaram o ano letivo. Foram escolhidas para abrigarem os atingidos as escolas Castelo Branco, Franklin Roosevelt, Samaritana, Getúlio Vargas, Duque de Caxias, 4 de Janeiro, Estudo e Trabalho, Orlando Freire e Roberto Pires.
Grande parte desses alunos são adolescentes no último ano do Ensino Médio e precisam se preparar para realizarem as provas do ENEM que poderão qualifica-los para um curso universitário. Outra parte são jovens portovelhenses que estão há mais de quatro meses em férias.
A SEDUC (Secretaria de Educação do Estado de Rondônia) sequer iniciou a elaboração de um novo calendário letivo para esses alunos, os projetos pedagógicos apresentados pelos educadores no início do lano já se perderam devido à perda de todo o primeiro bimestre, a desinformação sobre como e quando esses aunos retornarão às salas de aulas causa dúvidas e incertezas em alguns pais que mesmo sem condições financeiras adequadas, preferiram rematricular seus filhos na rede de ensino particular para evitar que eles tenham seu processo educacional comprometido.
Através de sua assessoria a SEDUC informou que está esperando a situação do rio se normalizar e os desabrigados saírem das escolas para começar a elaborar o ano letivo, uma atitude no mínimo questionável, já que a secretaria de educação não pode preterir a educação de mais de dois mil jovens e não apresentar um plano de compensação para não prejudicar esses alunos.
Se dados técnicos mais positivos afirmam que a cheia do rio Madeira deve durar até meados de abril, a SEDUC já deveria estar planejando alternativas, tanto operacionais, quanto pedagógicas. Porém a secretaria decidiu esperar e milhares de alunos permanecem em casa aguardando o retorno as aulas sem saber quando 2013 terminará para eles.
Fonte: Rondoniaovivo - João Paulo Prudêncio.
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