Mais 55 médicos cubanos - que integram o programa Mais Médico do governo
federal - chegaram a Porto Velho na quarta-feira, 5. Eles vão receber
treinamento e informações sobre a legislação brasileira, particularidades da
região e normas que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).
A informação é do técnico do Núcleo de Atenção Básica à Saúde, da
Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Elson Dourados Gomes. Os médicos vão
atender em 16 cidades do Estado, incluindo a Capital, Porto Velho, que foi
contemplada com oito profissionais.
Segundo Elson, após o treinamento - que encerra na próxima semana -,
todos devem seguir para os municípios contemplados nesta etapa do programa.
No total, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 179 profissionais
serão encaminhados para Rondônia. Deste número, contabilizando os que estão em
treinamento em Porto Velho, 101 já chegaram. A expectativa é que os demais venham
para o Estado ainda neste semestre.
De acordo com o secretário estadual de Saúde Williames Pimentel, os
médicos vão reforçar a atenção básica em municípios de Rondônia. A meta,
explica Pimentel, é dotar a rede primária de profissionais capacitados e que
possam atender a demanda de pacientes de baixa complexidade em sua cidade,
evitando que o mesmo precise se deslocar até Porto Velho para receber
atendimento.
Segundo Williames Pimentel, o treinamento é, também, uma oficina de
acolhimento dos médicos. Além da apresentação do sistema de atenção básica,
durante a oficina serão discutidos temas como melhoria e acesso à qualidade à
atenção primária e introdução à estratégia de saúde da família, entre outros
assuntos que estarão em pauta.
O PROGRAMA
De acordo com secretário Williames Pimentel, o Mais Médicos é um
programa lançado ano passado pelo governo federal, para suprir a carência de
médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do
Brasil.
O programa pretende levar 15 mil médicos para as áreas onde faltam
profissionais. O formato da "importação" de médicos de outros países
foi bem recebido pela população que depende do SUS.
Ele explica que segundo o Ministério da Saúde, os profissionais
brasileiros tiveram prioridade no preenchimento das vagas ofertadas.
As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros
graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
De acordo com Pimentel, os médicos com diplomas do exterior vão atuar
com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e às regiões
onde serão alocados pelo programa. A jornada de trabalho será de 40 horas
semanais, para as quais os médicos terão direito a uma bolsa de R$ 10 mil, paga
pelo Ministério da Saúde. Além disso, os profissionais terão ajuda de custo
para moradia e alimentação, de responsabilidade dos municípios.
Texto: Zacarias
Pena Verde
Fotos: Ítalo
Ricardo
Decom – Governo
de Rondônia
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