Foi liberado, nesta sexta-feira (28), o fluxo de veículos grandes na BR-364, na altura do quilômetro 800, próximo a ponte sobre o Rio Jacy-Paraná, no distrito de mesmo nome, após vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Para veículos menores, permanece a restrição. A rodovia tinha sido fechada na noite de quinta-feira (27), após uma vistoria realizada pelo chefe do Dnit, Antônio Gurgel do Amaral. Nesta sexta, o nível do Rio Madeira atingiu 18,62 metros, segundo a Defesa Civil. O prefeito de Porto Velho decretou, na quinta, estado de calamidade pública devido ao nível do Rio Madeira. Mais de 2 mil famílias foram atingidas pelas cheia. O nível já ultrapassou o registro de 1997, de 17,52 metros, quando ocorreu a maior cheia do Madeira.
Segundo o inspetor da PRF João Ribeiro, neste trecho caminhonetes ainda conseguem passar e alguns veículos pequenos se arriscam. A lâmina d'água está em torno de 34 centímetros e a orientação é para cautela. Por enquanto, está descartada a interdição total da rodovia. Já a partir do quilômetro 868, apenas caminhões que fazem adaptações nos veículos conseguem ultrapassar o trecho que está coberto por uma lâmina d'água de 75 centímetros, diz a PRF.
Para evitar prejuízos, os motoristas estão fazendo a travessia de guincho. O valor varia de R$ 30 a R$ 40 reais. A cada 10 minutos um carro é transportado. Por conta disso, o valor da viagem de táxi de União Bandeirantes até Porto Velho subiu de R$ 40 para R$ 50 por pessoa.
Cenáro da cheia
A Defesa Civil Estadual afirmou que a situação da cheia do Rio Madeira permanece num estado caótico, mas que todas as famílias desabrigadas estão sendo assistidas. O prefeito Mauro Nazif decretou estado de calamidade pública em Porto Velho (RO), na quinta-feira (27), em razão da cheia história do Rio Madeira. Pelo menos 2,3 mil famílias, o que representa cerca de 10 mil pessoas, estão fora de suas casas, na capital e em 14 distritos atingidos pelas águas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel José Pimentel.
Na região do Baixo e Médio Madeira, São Carlos está praticamente submerso pela água do Rio Madeira, segundo a Defesa Civil, que explica ser esta uma região baixa e que recebe água do Rio Cuniã, na parte atrás do distrito, e do Rio Madeira na parte da frente. Cerca de 2 mil famílias devem ser diretamente atingidas pela cheia no Baixo e Médio Madeira.
A água inundou ainda plantações e criadouros de Porto Velho e distritos como São Carlos, Calama e Nazaré. A estimativa é de que os prejuízos cheguem a R$ 55 milhões.
Nos distritos do Eixo da BR-364, são 30 famílias desabrigadas e 126 desalojadas em Fortaleza do Abunã, Jacy-Paraná e Abunã. Já em Nova Mamoré, 15 estão desabrigadas e 41 famílias desalojadas, mas a Defesa Civil ressalta que todos os moradores são indiretamente atingidos, porque o município está isolado. O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, reconheceu, em Porto Velho, que a cheia do Rio Madeira é o maior desastre natural da Amazônia.
Em Guajará-Mirim (RO), que ficou isolada por conta da cheia do Rio Araras, na BR-425, afluente do Rio Madeira, começou a sentir os efeitos da maior enchente do estado. O Rio Mamoré, que corta a cidade e é afluente do Madeira, começou a subir e fez um Igarapé Primeiro transbordar, inundando ruas do município. O nível da água avança, em média, quatro centímetros por dia, segundo a Defesa Civil do Município. Nesta sexta-feira (28), a cota chegou a 11,02 metros.
Por causa da cheia histórica do Rio Madeira que contina aumentando o nível, a empresa responsável pela distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) - o gás de cozinha - no estado afirmou, em nota, que parou as atividades porque a sede da empresa está alagada, ficando desta forma o abastecimento de gás comprometido. Para evitar desabastecimento, a empresa comprou botijões da unidade em Manaus (AM). O transporte será feito por meio de balsa. Outra alternativa adotada pela distribuidora foi o envasamento dos botijões em outras distribuidora do ramo em Porto Velho e Cuibá (MT).
Em frente à sede da prefeitura foi montada uma tenda onde são entregues, diariamente, roupas, alimentos, material de higiene pessoal, material de limpeza, até móveis. Mas água mineral tem sido o item mais necessário. Cerca de 20 voluntários da ONG Sociedade dos Amigos e Moradores da Amazônia Legal, também conhecida como ONG Sam, são parceiros da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e colaboram no recebimento, contagem e organização dos donativos.
FONTE:G1
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