terça-feira, 4 de março de 2014

Dois casos suspeitos de leptospirose são registrados em RO

Duas senhoras, com idade acima de 40 anos, uma de Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho, e outra da capital, estão sob suspeita de terem contraído leptospirose- zoonose transmitida pela urina de roedores-, em consequência da cheia histórica que já atingiu mais de duas mil famílias, disse o secretário de Saúde de Porto Velho, Domingos Sávio. As pacientes foram submetidas a exames e os casos só poderão ser confirmados após 24 horas. As duas mulheres estão recebendo cuidados médicos no Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) e não correm risco de morte, informou o secretário.

O barco-hospital da Marinha está de prontidão para receber possíveis casos de doenças tropicais. A notificação da doença mobilizou Exército, bombeiros da Força Nacional e voluntários do estado e da capital, que se juntaram aos agentes de combates a endemias num grande mutirão para reforçar o combate a dengue e a malária.
A Defesa Civil Estadual utiliza um carro de som nos 12 bairros afetados pela cheia histórica em Porto Velho, levando orientações para prevenir doenças. “Em Porto Velho, 50 mil pessoas enfrentam problemas no abastecimento de água tratada. E a ´beleza´ das enchentes é uma cilada. Muito cuidado com essa mania de colocar crianças próximas das águas para tirar fotos. Há animais famintos por que os peixes estão escassos nesse momento. Jacarés, cobras, peixes elétricos são exemplos de animais que estão sempre a espreita”, alertou o secretário.

A Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul da capital (UPA) registrou 70 ocorrências de vômito e diarreias entre crianças e adultos no sábado (1) e domingo (2). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as doenças têm relação direta com a cheia, uma vez que 100% da água do Rio Madeira que invade a cidade está contaminada por esgotos e pelo transbordamento de privadas.
Uma unidade móvel do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) permanece na margem do rio (em terra firme), para prestar assistência aos desabrigados que chegam dos distritos. A enfermeira Irini Lopes informa que são comuns as queixas de cidadãos que chegam dos distritos com sintomas como febre, dores no corpo e mal-estar. "Picadas de cobra e aranha são frequentes também", disse ela. G1

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