São Miguel é o município com a maior área plantada de café em Rondônia, mas a média de produtividade gira em torno de 15 sacas por hectare e a remuneração dos agricultores é muito baixa. As oscilações de preços e a baixa produtividade obrigaram alguns produtores desistirem da cultura.
Nos momentos de crise também surgem as soluções brilhantes, como o uso do clone. O técnico da Emater-RO Vitório Leite foi uma das primeiras pessoas em Rondônia a divulgar a técnica de clonagem do café, trazida do Espírito Santo. No início poucos agricultores acreditaram nessa técnica nova, até as novas lavouras começarem a produzir.
Como a decadência das lavouras de café era evidente, prejudicando o comércio nas cidades e a arrecadação fiscal, alguns deputados estaduais, dirigentes de órgãos e representantes da iniciativa privada procuraram o governador Confúcio Moura para criar um programa de incentivo ao cultivo de café, mais tecnificado.
O governador autorizou o secretário da Agricultura, Evandro Padovani, a reativar a Câmara Setorial do Café, e dar maior participação à iniciativa privada. A Câmara é formada por órgãos públicos e representantes dos diversos setores da cadeia produtiva do café.
Com o Programa de Revitalização das Lavouras Cafeeiras, os extensionistas da Emater-RO intensificaram as demonstrações de lavouras bem sucedidas no Estado.
Em São Miguel, a equipe da Emater-RO decidiu apresentar a propriedade do agricultor familiar Davi Hebert, um capixaba que há muitos anos planta café e aceita bem as orientações dos extensionistas.
O agricultor tem seis hectares de café, três são clones plantados com assistência técnica da Emater-RO. A orientação técnica é do experiente Rui Eloi Freire, mas “a mudança na lavoura começou com o técnico Vitório Leite, que agora trabalha em Brasilândia. Ele foi o primeiro a trazer a técnica do clone”, disse Diovandre Ebert, filho de seu Davi.
Na propriedade tomada como referência para a cultura do café em São Miguel, que fica na Linha 102 Km 4,5 lado sul, a produtividade media do café convencional não passava de 20 sacas por hectare, mas por orientação do técnico da Emater-Ro, o produtor decidiu plantar mudas clonadas e já no primeiro ano da lavoura colheu quase 35 latões de café em um hectare.
No início ainda não tinha irrigação, mas “a produção do segundo ano do café clonal foi de 85 sacas de café por hectare”, disse o produtor.
O primeiro plantio de clonal foi no sistema adensado, espaçamento 3x2m (1600plantasha) entre plantas, e os cultivos mais novos são ainda mais adensadas com espaçamento de 3×1,5m (2.222 plantasha) e irrigados.
Neste ano o produtor colhe a safra de três anos do primeiro plantio clonal e de dois do segundo. O produtor Davi diz que a expectativa é que não haja diferença de produção entre os cultivos, e alcance 115 sacas em cada um.
Para os técnicos da Emater-RO, no município os ganhos de produtividade se deve ao uso de clones produtivos e a melhoria das práticas de manejo, com correção do solo usando calcário, adubação e outros tratos culturais.
Segundo Vitório Leite, um dos palestrantes no dia de campo, os tratos da lavoura aumentam os custos por hectare, mas em compensação o agricultor pode tirar livre da despesa de 60 a 70% da produção e a lucratividade, considerando os preços atuais, é superior a 10 mil reais por hectare.
Fonte:Decom - Governo de Rondônia
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