A poucos metros do posto de gasolina, a dúvida: em que bomba eu vou? E é aí que, muitas vezes, a escolha errada pode acarretar em um menor aproveitamento da potência do motor ou mesmo em problemas mecânicos. Isso mesmo. Abastecer subitamente com gasolina aditivada um carro que há anos recebe apenas a comum pode causar o entupimento dos bicos injetores e dos carburadores.
Na relação custo-benefício, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que, em grandes centros urbanos, onde é comum a situação “anda e pára”, vale à pena abastecer o carro com gasolina aditivada. Entretanto, as vantagens são reduzidas consideravelmente quando as velocidades médias são altas, como nas viagens em auto-estradas. Neste caso, recomenda-se o uso da gasolina comum.
Na relação custo-benefício, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) afirma que, em grandes centros urbanos, onde é comum a situação “anda e pára”, vale à pena abastecer o carro com gasolina aditivada. Entretanto, as vantagens são reduzidas consideravelmente quando as velocidades médias são altas, como nas viagens em auto-estradas. Neste caso, recomenda-se o uso da gasolina comum.
Carros que ficam parados no trânsito devem ser abastecidos com aditivada (Foto: Reprodução) |
Já a BR, distribuidora da Petrobras, garante que a gasolina com maior octanagem é mais econômica quando recomendada. Não utilizá-la causa aumento do consumo, redução da potência e possíveis danos ao motor do veículo.
Por estas e outras, a escolha não é tão simples. No Brasil, existem três tipos de gasolina: a comum, a comum aditivada e a premium. Diferente do que acontece nos Estados Unidos e na Europa, por força de uma lei federal, ela recebe a adição de álcool anidro, cujo percentual, hoje, é de 25%.
Mas, afinal, um carro acostumado a ‘beber’ gasolina comum, poderá um dia se dar ao luxo de experimentar uma aditivada? Há algum mal em andar com o carro quase na reserva? Para responder a estas e outras perguntas, consultamos Izabel Tereza Lacerda Dutra, gerente de Marketing de Produtos da BR, distribuidora da Petrobras. Confira:
Mas, afinal, um carro acostumado a ‘beber’ gasolina comum, poderá um dia se dar ao luxo de experimentar uma aditivada? Há algum mal em andar com o carro quase na reserva? Para responder a estas e outras perguntas, consultamos Izabel Tereza Lacerda Dutra, gerente de Marketing de Produtos da BR, distribuidora da Petrobras. Confira:
1) Qual a diferença entre gasolina comum, aditivada e premium?
A gasolina aditivada é a gasolina comum que recebe um pacote de aditivos detergente/dispersante, que mantém limpo todo o sistema de alimentação do combustível, incluindo bicos injetores e válvulas de admissão. A octanagem da comum e da aditivada é a mesma: 87, no mínimo. Já a gasolina premium possui octanagem superior quando comparada à comum: 91, no mínimo.
2) Como saber qual o melhor combustível para o meu carro?
A potência de um carro já foi definida no projeto do motor. Portanto, o desempenho dele vai depender da gasolina. Para saber qual o tipo de combustível mais indicado, deve-se consultar o manual do proprietário, que visa o total aproveitamento da potência do motor. Alguns fabricantes, principalmente de veículos importados, informam o valor da octanagem, cabendo ao usuário a escolha do tipo da gasolina dentre as opções disponíveis no país.
3) Um carro de alta performance pode receber gasolina comum?
Se veículos que exigem gasolinas de alta octanagem forem abastecidos com
gasolina comum não terão um total aproveitamento da potência do motor.
4) A gasolina premium pode ser usada em qualquer carro?
Sim. A gasolina Podium, nome dado à premium da BR, por exemplo, traz benefícios ao motor pelo baixo nível de depósito, maior desempenho, menor impacto ambiental e pela baixa emissão de poluentes. O melhor desempenho nas retomadas de velocidade, porém, só será percebido pelos veículos que requerem uma gasolina de alta octanagem.
5) Um carro acostumado com gasolina comum pode experimentar a aditivada?
Sim, no entanto, recomendamos usar inicialmente uma mistura gradativa de ambas. Portanto, não encha o tanque do veículo com 100% de gasolina aditivada, pois agindo assim poderá provocar uma limpeza súbita, deslocando eventuais depósitos para pontos críticos, o que pode acarretar entupimentos e mau funcionamento. Comece colocando uma mistura de, aproximadamente, 10% de gasolina aditivada e, a cada abastecimento, eleve este percentual, até atingir 100%. Uma outra alternativa é efetuar uma limpeza no sistema de combustão (tanque, tubulações e bicos injetores) antes de utilizá-la.
Sim, no entanto, recomendamos usar inicialmente uma mistura gradativa de ambas. Portanto, não encha o tanque do veículo com 100% de gasolina aditivada, pois agindo assim poderá provocar uma limpeza súbita, deslocando eventuais depósitos para pontos críticos, o que pode acarretar entupimentos e mau funcionamento. Comece colocando uma mistura de, aproximadamente, 10% de gasolina aditivada e, a cada abastecimento, eleve este percentual, até atingir 100%. Uma outra alternativa é efetuar uma limpeza no sistema de combustão (tanque, tubulações e bicos injetores) antes de utilizá-la.
Reservatório de partida a frio deve ser preenchido com gasolina aditivada (Foto:Reprodução/TV Globo)
6) Por que o reservatório de partida a frio deve receber gasolina aditivada?
Porque a gasolina aditivada evita o acúmulo no reservatório de goma, conhecida também como verniz, fruto de um processo natural de oxidação da gasolina.
7) Sempre abasteço com gasolina aditivada. Preciso usar aditivos?
Não. A gasolina aditivada já possui aditivos na medida certa.
Porque a gasolina aditivada evita o acúmulo no reservatório de goma, conhecida também como verniz, fruto de um processo natural de oxidação da gasolina.
7) Sempre abasteço com gasolina aditivada. Preciso usar aditivos?
Não. A gasolina aditivada já possui aditivos na medida certa.
8) Posso misturar álcool e gasolina em iguais proporções nos carros flex? Sim. A tecnologia de motores flex permite qualquer combinação de álcool e
gasolina.
9) Se eu misturar a gasolina ao álcool, qual o tipo mais recomendado?
Não há nenhuma recomendação. No entanto, teoricamente, seriam mais indicadas as gasolinas aditivadas e de alta octanagem pelos benefícios já apresentados.
10) Posso misturar gasolina comum à aditivada?
As gasolinas comum e aditivada podem ser misturadas. O único problema nessa mistura é que haverá uma diluição dos aditivos, causando uma redução do poder de limpeza do sistema de alimentação do veículo. Dependendo da quantidade de gasolina comum adicionada, o pacote de aditivos pode até perder o efeito.
11) Posso andar com o carro quase na reserva?
Não é recomendado andar com o combustível na reserva, tendo em vista que o usuário corre o risco de vir a ficar sem combustível. Caso isso aconteça, os seguintes transtornos e prejuízos podem ocorrer: queima da bomba de combustível, ficar parado em local não apropriado e aplicação de multa.
12) Por que não existe álcool aditivado?
Provavelmente porque não existe ainda nenhum aditivo que possa agregar algum benefício aos motores a álcool.
Um outro problema enfrentado pelo consumidor é a adulteração do combustível. Em geral, os produtos mais utilizados para adulterar gasolina são o álcool e solventes, como aguarrás e solvente para borracha. Também conhecido como benzina industrial, este último é citado informalmente como um dos mais empregados para uso fraudulento em gasolina, depois do álcool (Saiba se seu carro está 'bebendo' combustível adulterado).
Fonte:Gabriella Sandoval Do G1, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário