Cerca de 20 agentes penitenciários da Casa de Detenção de Ariquemes (RO) realizaram um manifesto nesta quarta-feira (7) contra uma decisão judicial que absolveu sete detentos flagrados pelos agentes, no sábado (3), tentando fugir da unidade prisional, através de um túnel cavado pelos próprios internos. A revolta, segundo os agentes, se deve porque a Justiça não considerou a tentativa de fuga como falta grave, o que geraria uma punição para os detentos. Na decisão judicial, a juíza Juliana Couto Matheus relata que os presos tentaram fugir porque estavam se sentindo oprimidos.
O agente penitenciário Audair Machado conta que o relatório enviado pela direção da Casa de Detenção, após a tentativa de fuga, foi ignorado pela Justiça. Segundo ele, apenas os apenados foram ouvidos em uma audiência nesta quarta-feira. “O sentimento de todos os agentes de Ariquemes é a frustração. Não concordamos com a forma que foi entendido por parte do Judiciário em relação a tentativa de fuga, porque a Lei de Execuções Penais é clara: o detento que tenta a fuga, ele está cometendo uma falta grave”, disse o agente.
Para um outro agente, Leandro José da Silva, a decisão da Justiça, de absolver os detentos do delito, contribui para que os presos continuem tentado a fuga. “Nós pegamos sete detentos dentro do buraco, tentado fugir. Por isso, se configura falta grave e acarretaria na progressão da pena. Mas agora, eles sabem que não terão punição alguma e vão continuar tentando escapar da unidade”, comentou.
Segundo o diretor da Casa de Detenção, Rogério Buzett, cabe à direção acatar a decisão judicial, a qual pede que os detentos saiam da cela de isolamento, onde estavam mantidos desde a tentativa de fuga, e voltem para as celas comuns.
No Termo de Justificativa assinado pela juíza que julgou o caso, Juliana Couto Matheus Maldonado, está descrito que os apenados sofreram indevidamente sanção administrativa aplicada pelo diretor da unidade, e argumenta que mesmo a tentativa de fuga se tratando de uma falta grave, o ocorrido é justificado.
O diretor da CDA, por sua vez, rebateu os relatos dos detentos descritos no Termo de Justificativa, que disseram que somente tentaram a fuga pois estavam se sentindo oprimidos, e outro relatou que só tentou fugir para conseguir assistência médica. “Esses relatos não procedem. Se um detento precisar de alguma assistência médica, nós sempre atendemos. O que não é tolerável, é fornecer regalias ao interno, porque o que é o seu direito a direção assegura, mas não a mordomia”, contou o diretor da Casa de Detenção de Ariquemes. Atualmente há 309 detentos na CDA.
Fonte:G1/RO
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