Um vídeo publicado no último dia 19 de maio, em um canal do youtube vem chocando a comunidade acreana. Nas imagens, um homem espanca uma mulher com quem teria um relacionamento, após descobrir que ela o teria traído. Segundo a descrição do vídeo, as imagens teriam sido produzidas em uma casa, em um bairro de Rio Branco. Nesta terça-feira (20) , a Secretaria Especial de Políticas paras Mulheres (SEPMulheres) repudiou o caso, por meio de nota. O vídeo foi retirado do ar por violar a política do YouTube que proíbe conteúdo cujo intuito seja assediar, intimidar ou ameaçar.
Vídeo com agressões foi publicado no Youtube (Foto: Reprodução/ Youtube) |
Além de espancar a mulher com um objeto de metal, que aparenta ser um terçado, o suspeito e outro homem, que também participa da gravação, a fazem repetir o porque de ela estar apanhando. "Fala, por que que é isso? Porque tu (sic) traiu ele", diz um dos homens.
Com exceção da vítima, nenhum dos envolvidos aparece no vídeo, que aparentemente foi feito pelo próprio agressor com a intenção de humilhá-la publicamente. "É pra botar na internet, para ficar na história (sic)", diz o suspeito em um momento do vídeo.
Em outro momento, a vítima é obrigada a dizer que estava sendo agredida porque havia traído 'malandro' e que nunca mais irá 'trair bandido'. A mulher ainda é forçada a dizer que o homem com quem ela teria traído o suspeito de agressão merece morrer.
Polícia Civil investiga caso
Procurada pelo G1, a delegada Juliana de Angelis da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) disse que o caso já havia sido denunciado por familiares da vítima e vinha sendo investigado antes mesmo da repercussão do vídeo.
"O inquérito já está bem adiantado, a gente já tem qualificação das partes e já estamos a ponto de concluir esse caso", comenta.
No entanto, ela não quis dar maiores detalhes para não prejudicar o andamento das investigações.
Já a SEPMulheres divulgou nota repudiando qualquer ato de violência, em especial os praticados contra mulheres, crianças e adolescentes no Acre e se solidarizando com a vítima mostrada no vídeo. A nota termina com a secretaria dizendo que está "acompanhando e defendendo a apuração dos fatos pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Rio Branco".
Fonte G1 AC
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