Na manhã desta sexta-feira (17), Polícia Civil em Vilhena deu início à Operação Floresta Nativa que, juntamente com a curadoria do Meio Ambiente do Ministério Público da Comarca de Vilhena, investiga fraudes na concessão de autorizações especiais para limpeza de áreas rurais, expedidas pelo órgão ambiental.
Além da busca e apreensão no órgão estadual, mais de dez agentes da Polícia Civil e três delegados buscam provas também na casa de dois servidores que, por mandado judicial, foram afastados das funções públicas e proibidos de se aproximarem de quaisquer unidades da Sedam em todo estado, além do uso de tornozeleira eletrônica.
Em seis casos já confirmados, o atual engenheiro florestal e o ex-chefe da Sedam em Vilhena, foram concedidas falsas autorizações especiais para limpeza de mais de 1,1 mil hectares de floresta nativa, que foram dizimadas como se fossem meras áreas de pasto ou de capoeira. As suspeitas originaram durante inspeções da Polícia Ambiental nas referidas áreas, nos anos de 2015 e 2016, quando das autuações administrativas de áreas desmatadas, os proprietários apresentavam autorizações especiais expedidas pela Sedam de Vilhena, atestando que as áreas desmatadas eram meramente áreas de vegetação rasteira, denominada capoeira.
Após as autuações dos policiais ambientais, estes passaram a relatar tentativa de pressão, inclusive dos investigados, funcionários da Sedam, para que as fiscalizações fossem amenizadas e as multas diminuídas, pois tais fiscalizações ambientais poderiam prejudicá-los, já que estariam mexendo com pessoas influentes.
Realizadas as denúncias, a Polícia Civil instaurou inquérito policial e passou a investigar os fatos, juntamente com apurações realizadas em inquérito civil pelo Ministério Público na comarca, comprovando, até o momento, que varias autorizações especiais falsas para limpezas de áreas expedidas pela Sedam acobertaram verdadeiros desmatamentos em florestas nativas.
Segundo o delegado de Polícia Civil, Fábio Campos, que coordenou a operação na manhã desta sexta, em Vilhena. “Inadmissível que os servidores do próprio órgão ambiental, sustentado com dinheiro público para fiscalizar o meio ambiente, possam promover e acobertar tamanho desmatamento, através de tais autorizações falsas, comprovadas pericialmente, inclusive. Por isso, essas medidas urgentes tomadas na investigação, a qual demonstra que pode ser somente a ponta do iceberg e, com tempo, serão todos investigados e inclusive os proprietários de terras desmatadas responderão pelos crimes praticados”.
Fonte:rondoniagora
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