Uma apenada do regime fechado do presídio feminino, que fica no bairro Jardim América, em Vilhena, conseguiu ser aprovada em vestibular que foi oferecido por uma instituição privada de ensino.
A direção da Colônia Penal, em Vilhena, realizou um evento no final do ano letivo de 2016, onde representantes da sociedade puderam participar e conhecer um pouco mais sobre o “sistema” e as histórias por trás de algumas pessoas que ali estão cumprindo pena.
Na ocasião, representantes de uma universidade vilhenense estiveram no evento e em contato com as apendas, ofereceram bolsas de estudos para quem tivesse concluído o Ensino Médio e fossem aprovadas no vestibular da instituição.
Apenas uma candidata atingiu os parâmetros e se qualificou para as bolsas oferecidas. Ela escolheu o curso de Psicologia. “Era um sonho antigo que ficou pelo meio do caminho, hoje Deus está me dando uma oportunidade de mudar de vida e eu não vou desperdiçar”, disse a futura acadêmica.
O diretor do presídio feminino declarou em entrevista a reportagem do Extra de Rondônia, que foi gratificante poder ver a alegria da apenada ao receber a boa notícia.
“Nós que trabalhamos com segurança pública nos acostumamos a ser frios, evitamos o envolvimento emocional, mas às vezes é preciso deixar a rigidez um pouco de lado e olhar para os outros com mais fé, acreditar nas boas intenções e incentivar os que querem realmente mudar de vida, isso é ressocialização” concluiu o diretor.
Nossa equipe também conversou com Priscila Castilho, uma representante da universidade que em entrevista declarou, “nossa instituição acredita que todos têm potencial inexplorado, cabe à sociedade ajudar, ao invés de apenas condenar. Para nós foi uma experiência de vida, e será um privilégio poder fazer parte da história dela”, concluiu a assessora de comunicação da faculdade em questão.
A apenada que preferiu não se identificar foi presa por tráfico de drogas e luta para que sua pena saia do regime fechado para o semiaberto.
Por enquanto as aulas serão ministradas na unidade prisional, caso a pena da mulher seja alterada para semiaberto, um juiz poderá autorizá-la a frequentar a universidade em horários específicos.
Fonte:extraderondonia
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