O garoto estava com a avó, a catadora de material reciclável Zilda Pereira, quando foi visto pelos PMs. O soldado Queiroz relata que viu o garoto pegando a mochila de uma lixeira e decidiu parar para entender o que estava acontecendo. Ele e o colega, o soldado Aires, notaram que o menino era de origem humilde e que não tinha outros materiais escolares.
“Ele [Gabriel] falou que ia estudar, ia para a aula e tinha encontrado uma mochila para estudar. Aquilo sensibilizou a gente. Eu peguei na mochila e na hora ela desencaixou, porque já estava quebrada. Aí eu abri o zíper e tinha um tênis velho, um tamanho menor que o dele e sem cadarço. Aquilo comoveu a gente e nós decidimos que tínhamos que ajudar com alguma coisa”, contou à TV Anhanguera.
Os policiais foram até uma papelaria da cidade e conseguiram doações de material escolar completo para o garoto votar às aulas sem faltar nada. O gerente do comércio, Admilson Gomes, relatou que também se sensibilizou ao ouvir a história de Gabriel.
“Eles me contaram a historia do Gabriel e pediram ajuda com algum material. Eu propus da gente dar a lista completa de material escolar dele. Perguntei de qual personagem ou super-herói que ele gostava e os policiais voltaram até a casa dele, perguntaram, me falaram que ele gostava do Ben 10 e fizemos a lista em cima desse tema”, relatou.
Os soldados relatam que esperam que essas doações incentivem o Gabriel nos seus estudos e que, a partir dessa ação, a vida dele se transforme.
“Ficamos muito felizes com as doações dos comerciantes. Espero que mais pessoas ajudem. O papel da Polícia Militar é tentar mudar o futuro. Infelizmente existem muitas crianças que vão para o mal caminho. Que Deus abençoe que o futuro do Gabrielzinho vai mudar”, disse o soldado Aires.
Origem humilde
A avó de Gabriel, Zilda Pereira, relata que começou a cuidar do neto quando ele ainda tinha três dias de vida, porque a mãe dele não tinha condições por causa de problemas mentais. Desde então, nas férias, ele a acompanha durante as caminhadas para recolher material reciclável para vender.
“Na época, devido à deficiência dela [mãe do Gabriel], ela não cuidava muito dele e nem da casa. De vez em quando o Conselho Tutelar levava. Por causa disso, eles deram ele [Gabriel] para adoção e eu peguei ele”, explicou.
Gabriel resumiu em uma palavra a gratidão que sentiu por ter recebido os presentes dos policiais: “Obrigado”.
Fonte:G1
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