Após ler reportagem do Jornal Tribuna Popular, produzida pela jornalista Ana Hack Amorin, o promotor de Justiça Dandy Oliveira de Jesus decidiu tomar providências. Em conversa com a jornalista, o promotor informou que passará a denuncia abordada na reportagem para outros promotores e que o Ministério Publico tomará as todas as medidas cabíveis.
De acordo com ele, o promotor que for designado para o assunto em questão deverá emitir um documento solicitando que a Prefeitura de Cacoal remova todos os aparelhos de academia defeituosos da cidade. Além disso, o Ministério Público irá mover um processo quanto às irregularidades. Segundo Ana Hack, o promotor informou que o município terá que se responsabilizar por todos os danos causados.
A reportagem em questão trata de um acidente envolvendo uma criança de 10 anos em uma das academias ao ar livre, na cidade de Cacoal. Os aparelhos, em péssimas condições, quebrados e enferrujados, oferecem riscos constantes à integridade física de qualquer cidadão que tente usufruir de algo que deveria ser para o bem de sua saúde.
No caso de Rian Pablo Ferreira, ao perder o equilíbrio, o pequeno caiu e bateu o rosto em uma ponta enferrujada de um dos aparelhos da academia do Bairro Teixeirão. Por pouco, Rian não teve a visão afetada, mas o corte precisou de oito pontos.
“Ficamos felizes quando vemos que o nosso trabalho surte efeito. Encontrei com o Dr. Dandy e ele disse que havia lido a reportagem no jornal e se comprometeu a repassar a denúncia para o promotor que irá se responsabilizar por este caso”, destacou a jornalista Ana Hack.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA DO ACIDENTE:
Menino quase perde a visão ao se machucar em aparelhos destruídos de academia ao ar livre
O que era para ser um dia de Brincadeira por pouco não terminou em tragédia. Rian Pablo Ferreira, de apenas 10, brincava na praça municipal do Bairro Teixeirão com outros amigos e no momento em que foi usar um dos aparelhos destinados à pratica de atividades físicas, recebeu uma pancada na região esquerda do rosto. Devido as péssimas condições do aparelho, deteriorado e tomado pela ferrugem, Riam ganhou um corte profundo, que chegou a atingir o osso, de seu rosto, próximo ao olho. Rian foi socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Pronto Socorro. O menino precisou levar oito pontos.
O mototaxista Anael Francisco Mota, pai do garoto, disse que o médico que atendeu Rian falou que por pouco a criança não perdeu a visão. “Foi um susto ver meu filho todo ensangüentado. Eu o trouxe para brincar e não imaginava que estava nesta situação. O médico disse que faltou pouco para atingir o olho e que meu filho poderia ter ficado cego. Outras pessoas podem ser vitima desses aparelhos destruídos,” desabafou o pai.
Anael ainda contou que registrou um boletim de ocorrência e que vai procurar seus direitos junto à justiça. Ainda de acordo com ele, os equipamentos tinham que ser retirados do local, pois não oferecem segurança nenhuma à população. “Isso é um perigo, sem falar que além de cortar pode causar um tétano devido às ferrugens. Outras crianças e até os idosos podem ser vítimas também. Aqui está tudo destruído, não tem segurança, vou até o Ministério Publico em busca dos meus direitos”, garantiu o pai de Rian.
O espaço da praça é destinado a toda a população do Bairro Teixeirão. Os equipamentos em questão são usados pela turma da 3° idade, através do projeto Cacoal Saudável. Dona Helena de Freitas, de 54 anos, conta que utiliza o espaço como pode. “Aqui não dá pra ser utilizado, eu faço exercício de teimosa. Eu sei que isto está perigoso, meus filhos nem quer que eu venha mais pra cá, mas não tem outro lugar. Vou pra onde? Eles deveriam arrumar isso aqui”, cobrou a aposentada.
De acordo com a Coordenadora de Vigilância em Saúde, Ivani Gromann, os aparelhos que existem hoje foram destruídos pelos vândalos. “As academias foram destruídas por vândalos, alguns aparelhos foram arrancados e levados embora,”. Nas praças não existe vigilância e o único recurso, no valor de R$ 31.495,50, reais será destinado para uma nova academia, que será montada na praça municipal em frente à prefeitura.
“Em virtude destes destruidores do espaço, não vamos colocar mais academia na cidade. Apenas substituiremos a da praça! Precisamos de um trabalho educativo e da adesão da população para que eles entendam que academia é pra eles, para o filho, para o vovô que precisa melhorar a auto-estima ou a hipertensão, a diabete é para isso que serve a academia ”, afirmou Gromann. (Ana Hack/Tribuna Popular)
Fonte: Giliane Perin
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