Ao menos 25 famílias de 78 servidores estaduais da área da saúde lotados no Município de Presidente Médici/RO perigam ser prejudicadas. É que esses trabalhadores estão sendo convocados ao realocamento da administração estadual, para laborarem no pronto-socorro regional de Cacoal/RO. Conforme decreto do governo, o chamamento é irredutível, pois pretende promover a extensão do Hospital João Paulo II para descentralizar os atendimentos de alta complexidade.
Nesta quarta-feira (25), a prefeita Lurdinha do Sindicato (PT) reuniu os profissionais e anunciou que não aceita a devolução deles e que seu secretariado municipal se debruça em análises, para verificar a possibilidade de custear a manutenção de todos no município, juntos de seus familiares. A única possibilidade de evitar a saída dos servidores reside no firmamento de um acordo onde a prefeitura custeie todos os adicionais ao vencimento de cada trabalhador da lista requerida pelo estado.
Lurdinha observa que a iniciativa do governo estadual é muito importante e deve atender a uma antiga demanda da região, pois evitará o envio de pacientes até a capital, enquanto que poderão ser atendidos na cidade de Cacoal, que fica a 50 minutos. Contudo, a gestora pondera que o sacrifício será muito difícil aos servidores que são munícipes medicienses e que trabalham há décadas nas unidades de Médici. “O gasto com saúde já ultrapassa em muito os limites da Lei, por isso analisaremos se poderemos garantir mais esse encargo”, disse.
Os servidores estão temerosos e esperam uma solução institucional da administração municipal. Na reunião, o grupo gestor informou que empreenderá as medidas necessárias para impedir a saída de todos. Entretanto, os gestores alertaram para a legalidade pela qual a secretaria de estado se pauta para atender a atual necessidade em saúde em Rondônia. Da lista consta ao menos dois vereadores que são funcionários da saúde e profissionais que operam setores imprescindíveis nos hospitais.
Até o dia 15 de abril, uma nova audiência será realizada com os servidores para que a prefeitura apresente o posicionamento pela manutenção ou perda dos estaduais. Da reunião, participaram a secretária municipal de saúde, Larissa Ramalho, de fazenda, Rita Grangeiro, chefes da Controladoria e Contabilidade Geral, além dos diretores do hospital Unidade Mista, Sheila e Lourival.
Autor: Willian Luiz/Assessoria
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