Com a baixa do nível do Rio Madeira, em Rondônia, é possível observar algumas marcas deixadas em monumentos e peças históricas, em Porto Velho. No complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), as locomotivas, antes quase submersas, apresentam a marcação do nível aonde a água do rio chegou. O local foi interditado em fevereiro, pela Defesa Civil, por apresentar risco de segurança à população.
O nível do Rio Madeira baixou 66 centímetros desde o maior pico já registrado, dia 30 de março com 19,74. De acordo com a Agência Nacional de Águas (Ana), a cota no domingo (13) foi de 19,08. A cheia histórica atinge cerca de 30 mil pessoas no estado, segundo a Defesa Civil.
As peças centenárias que estavam no museu da EFMM foram retiradas dia 14 de fevereiro, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur) da capital. A medida foi tomada após a água do Rio Madeira invadir o complexo turístico.
Enchente histórica
O pico aconteceu dia 30 de março com 19,74 metros. Com a enchente do Rio Madeira, cerca de 30 mil pessoas foram atingidas e estão espalhadas entre abrigos, casas de parentes e amigos. No Baixo Madeira, muitos distritos de Porto Velho foram inundados e milhares de pessoas abandonaram suas casas. O distrito São Carlos foi 100% atingido e várias famílias passaram a viver em flutuantes.
As cidades atingidas pela cheia histórica do Madeira nas últimas semanas são: Nova Mamoré, Cacoal, Candeias do Jamari, Guajará Mirim, Jaru, Costa Marques e Pimenta Bueno. Nestas regiões, exceto Porto Velho e seus distritos, o Corpo de Bombeiros e a Força Nacional contabilizam 1.625 famílias diretamente afetados, sem condições de permanecer em suas casas.
A br-364 foi parcialmente liberada para passagem de caminhões na quarta-feira (9). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rondônia e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fiscalizam o trecho alagado da rodovia, em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho distante cerca de 90 quilômetros.
Representantes dos dois órgãos percorreram a região e constataram que a lâmina d’água, que chegou a 1,60 metro acima da pista em março, reduziu consideravelmente e está em 66 centímetros nesta quarta, em um trecho de três quilômetros.
Fonte:G1RO
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