Na manhã desta quarta-feira (24), um grupo de aproximadamente 60 pessoas ligadas à LCP (Liga dos Camponeses Pobres), tentaram invadir a sede do 7º Batalhão de Polícia Militar, em Ariquemes. Além de desacatar alguns policiais militares, o grupo, que se denominaram “sem-terra”, ainda ameaçaram de morte o Comandante Geral da PMRO e fazendeiros. Em uma das canções, o grupo ofendia o Chefe Maior da Polícia Militar, com frases do tipo: “Ênedy cagão.... Tem medo do povão...”, “Ênedy fascista, assassino e terrorista...”.
Os manifestantes, que na grande maioria são da região de Jaru e Mirante da Serra, chegaram em vários ônibus contratados pela Liga, cantando palavras como "morte ao latifúndio, policia terrorista e imprensa fascista". Até uma entidade do Estado do Rio de Janeiro estava participando da manifestação.
Populares que passavam pelo local se indignaram da forma violenta como era levada a manifestação. “É muita impunidade. O Brasil já acabou, onde já se viu afrontar todo um Estado dessa maneira”, falou o empresário do ramo farmacêutico Edgar Beltrão.“Sou a favor de manifestações, desde que seja pacífica e em prol de um coletivo e não para beneficiar apenas algumas pessoas que estão querendo se dar bem nas custas de quem trabalhou uma vida para ter seu merecido patrimônio”, concluiu.
Em rede social , um jornalista local cobrou providências do Estado, publicando: “Massa de manobra da LCP vieram hoje a Ariquemes reclamar da polícia, em coro falavam "morte ao latifúndio, polícia terrorista e imprensa fascista". Será porque isso heim? Nunca vi isso!!. De certo é porque não querem ser incomodados pela violência e crimes que a LCP vem causando no Vale do Jamari. Estão acuados.”
Em uma das canções com título “Tem que Morrer”, deixa claro o ódio mortal aos latifundiários e afirmam que estão prontos para matar ou morrer durante uma invasão: “Se matarem 01 daqui, 10 de lá vamos matar... Essa é nossa proposta...Conquistar a terra... É terra, é terra a quem ela trabalha e viva a revolução agrária... é MORTE, é MORTE, ao latifundiário.
Um dos representantes do movimento se justificou dizendo que a LCP vem sendo caluniada por estar defendendo os direitos de quem vive na terra e repudiam a violência policial que estão sofrendo.
A Polícia Militar agiu rápido e montou um cordão de isolamento na entrada do Batalhão, impedindo a invasão dos manifestantes. O Tenente Coronel Plínio, que está respondendo pelo comando, negociou a retirada pacífica dos manifestantes daquele local e após ouvir as reclamações dos representantes da LCP, determinou a desobstrução imediata via.
Depois, os manifestantes percorreram várias ruas da cidade até chegar no Fórum.
REPRESSÃO AO BANDO ARMADO QUE ESTÃO ATERRORIZANDO AGRICULTORES NA REGIÃO DO VALE DO JAMARI
Há 20 dias, o Comandante Geral da PMRO, Coronel Ênedy desencadeou a Força Tarefa “Mutatis Mutandis”, que tem por objetivo principal desarticular bandos armados que estão aterrorizando a zona rural do Vale do Jamari. Segundo as investigações, os criminosos estão se escondendo em áreas invadidas pela LCP.
Em regiões invadidas, os flagrantes de Crimes Ambientais são constantes e o desrespeito às Leis já viraram rotina. Árvores como Castanheira e Mogno são derrubadas em plena luz do dia e serradas em pastos abertos.
Durante a noite desta terça-feira, dia 23, pela 5ª vez em menos de 60 dias, um grupo fortemente armado invadiu a Fazenda Fluminense, localizada a aproximadamente 30 Km de Monte Negro, e atearam fogo na única casa que ainda estava em pé. Nesta ação, o bando também matou seis bois e balearam outros seis, que já estão condenados a morte. No local, a Polícia encontrou vários cartuchos deflagrados de calibre 12.
O Comandante Geral afirmou que as ações repressivas são contra o bando armado que estão cometendo um verdadeiro ato de terrorismo nos campos do Vale do Jamari e defende veemente os direitos legais dos camponeses.
Matéria:www.comando190.com.br
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