O alvo da acusação no documento, porém, é o deputado federal Vander Loubet (PT), sob a análise do ministro Teori Zavascki, no âmbito da Operação Lava Jato. Lula não está sendo investigado nestes termos pela Procuradoria.
Segundo o jornal, o documento não explicita a linha de pensamento para a conclusão de Janot sobre o papel de Lula no processo, mas teria relação com a delação premiada de Nestor Cerveró à Justiça, dizendo que Lula havia concedido influência política sobre a BR em benefício de Collor.
Janot diz ainda que entre 2010 e 2014 foi criada uma “organização criminosa” para desvio de dinheiro em benefício particular, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Folha, o procurador-geral afirma que Collor foi o responsável pelo nomeação dos responsáveis pela diretoria de Rede de Postos da BR, Luiz Claudio Caseira Sanches, e pela diretoria de Operações e Logística, José Zonis. As diretorias “serviriam de base para o pagamento de propina ao parlamentar”, de acordo com o texto.
Ainda segundo a Folha, como a Presidência era ocupada por Lula, outra parte da estatal teria sido "reservada" ao PT, que indicou Cerveró para a diretoria financeira e serviços e Andurte de Barros Duarte Filho para a diretoria de mercado consumidor. Seria "necessário o repasse de valores ilícitos" também para Loubet em razão da influência que o PT tinha sobre a BR.
Para a PGR, a parte da propina recebida por Loubet teria sido utilizada para pagar dívidas de campanha à prefeitura de Campo Grande (MS), em 2012, diz o jornal. Janot teria pedido que o deputado, sua mulher, Roseli da Cruz, Ramos, e outras duas pessoas fossem condenadas por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, pagamento de R$ 1 milhão em favor da União e reparação de danos morais e materiais no valor de R$ 5 milhões.
Fonte:msn
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