Em entrevista coletiva, os delegados
Júlio Cezar de Souza Ferreira e Roberto dos Santos, já em Ouro Preto do Oeste,
esclareceram como foi o depoimento dos jovens João Victor de Souza Doenha, 18
anos, e Ronaldo Simões de 22 anos e qual a participação de ambos no crime que
vitimou Gleysson Batista Campos, 30 anos, brutalmente assassinado e jogado numa
ribanceira de pedras na rampa sul do morro Chico Mendes na madrugada do último
domingo, 27.
João Victor Doenha é o que mais se
complica no enredo desse crime tipificado como latrocínio, porque ele agiu de
caso pensado, atraiu Gleysson Batista para o morro Chico Mendes, e combinou com
Ronaldo para que ele levasse comparsas para aplicarem uma surra na vítima, e
depois roubarem o veículo.
Um jovem de 18 anos também foi detido
para ser ouvido, mas os delegados ainda não confirmaram a participação dele no
crime. O menor E., de 17 anos, que se encontra internado em JiParaná, foi
ouvido pela manhã na Delegacia e na Promotoria de justiça, confessou que deu
uma pedrada na cabeça de
Gleysson e levado ao morro, mostrou aos investigadores
onde estava a pedra que foi recolhida, mas nega ter dado golpes no pescoço da
vítima; ele e Ronaldo afirmam que João Victor ficou de cócoras sozinho vendo
Gleysson agonizar depois da pedrada, e se houve facadas os golpes foram
desferidas pelo jovem de 18 anos.
AMOR
E ÓDIO
Segundo o delegado Roberto dos Santos,
João Victor mantinha um relacionamento homoafetivo e nutria certa paixão por
Gleysson, apesar de os dois saírem com mulheres, e queria se vingar da vítima
porque o contador ainda teria mantido um relacionamento com uma namorada sua e
outros, por isso combinou com Ronaldo de armar uma emboscada para a vítima no morro
Chico Mendes.
Ronaldo topou na hora porque tinha o interesse em roubar o veículo Toyota Corolla modelo 2016 da vítima, inclusive já tinha o local do lado boliviano onde o carro seria vendido pelo montante de R$ 50 mil, por isso arregimentou o menor e outro ‘menino’, que ele não disse o nome para praticarem o crime.
Ronaldo topou na hora porque tinha o interesse em roubar o veículo Toyota Corolla modelo 2016 da vítima, inclusive já tinha o local do lado boliviano onde o carro seria vendido pelo montante de R$ 50 mil, por isso arregimentou o menor e outro ‘menino’, que ele não disse o nome para praticarem o crime.
Doutor Roberto dos Santos detalhou
parte do depoimento de João Victor, e disse que este crime será pedido pena
mínima de 25 anos para os dois jovens: “O João Victor deixou muito claro que
ele tinha um entrave com a vítima, um problema amoroso por conta de outra
pessoa, e esse problema amoroso gerou toda essa situação, ele não tinha coragem
de praticar os atos e chamou o Ronaldo e a equipe dele que tinha essa coragem e
foram lá ceifar a vida da vítima dessa forma brutal”.
O delegado Júlio Cezar de Souza também
afirmou que João Victor de Souza Doenha teve um relacionamento homoafetivo com
a vítima, ambos provavelmente tinham comportamento bissexual, e que
posteriormente Gleysson teve um caso com uma das namoradas de João Victor que,
enciumado com a situação, e se sentindo menosprezado, resolveu dar uma lição na
vítima, enquanto o menor e Ronaldo confirmam que foram recrutados para o
serviço sujo.
O delegado afirmou na coletiva que João
Victor confirmou que na madrugada de domingo ele e a vítima estavam tendo uma
relação sexual na mata do morro Chico Mendes, por isso Gleysson estava de
bermuda e sem a camisa, e que os outros três comparsas apareceram e executaram
o contador. “Ta um empurra empurra, um querendo dizer que foi o outro que
executou, e eles estão atribuindo ao adolescente o ato de execução. O próprio
Ronaldo diz que só levou o adolescente até o local”, pontuou o delegado.
O delegado Júlio Cezar também afirmou
que João Victor em várias versões que deu sempre menciona que queria apenas
espancar Gleysson, não queria matar, mas devido ao interesse de Ronaldo no
carro, em razão dessa cobiça o plano inicial deles ficou para trás, e
praticaram a barbaridade contra a vítima.
O delegado vai conduzir o inquérito, e
adiantou que pretende individualizar a participação de cada um, capturar e
ouvir o quarto elemento que eles mencionam ter participado do crime, e que pode
haver a participação de uma quinta pessoa nessa trama que consumou no
latrocínio. A prisão de João Victor e de Ronaldo não tem prazo para findar,
segundo o delegado.
O trio, dois presos e um internado, dão
depoimentos conflitantes, mas em nenhum momento negam a participação no crime.
Uma multidão se concentrou na frente da Delegacia Civil e na hora da chegada
dos jovens um grupo tentou alcançálos aos gritos e xingamentos, mas foram
impedidos pela polícia.
Fonte: NEWSRONDONIA
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