sábado, 9 de julho de 2016

Ji-Paraná - Professora que levou soco de aluna diz que nunca deu aula para estudante

A professora Vera Loide Boa Sorte de Souza, conhecida como Verinha, ainda se recupera do ferimento sofrido ao levar um soco de uma aluna, na última quarta-feira (06), em uma praça de Ji-Paraná (RO). Segundo a servidora, ela havia acabado de sair da aula quando um grupo de jovens começou fazer "chacotas" contra ela. "Eu me aproximei para tirar satisfação e uma das jovens me acertou com um soco no olho. Ela tem que pagar pelo que fez", diz.


Educadora há 19 anos, Verinha diz não se recordar de já ter dado aulas para as estudantes que a cercaram na praça, mas garante que essa não foi a primeira vez que as jovens teriam zombado dela.

"Eu dou aula na escola Antonio Bianco e pego o ônibus em frente ao Gonçalves Dias, onde elas estudam. Eu já vi elas fofocando e apontando para mim e dando risadas. Essa não foi a primeira vez. Isso já estava amadurecendo", conta a Vera.

Segundo a professora, ela estava percorrendo a Praça Bruno Calixto, no Bairro Jardim dos Migrantes, quando começou a ouvir o grupo de jovens rindo e fazendo chacota com ela. Vera então se aproximou do grupo para tirar satisfação, momento em que uma das jovens, estudante do 1º ano, se levantou e deu um soco na servidora.

"Eu estava passando para a praça, indo para minha casa, quando vi as meninas rindo e tirando sarro de mim. Estava ignorando, mas em certo momento me estressei. Meu erro foi querer tirar satisfação com elas, perguntando o que elas queriam comigo", afirma.

Após ser agredida, Vera foi atendida pela Polícia Militar (PM) e depois encaminhada ao Hospital Municipal, onde precisou levar dois pontos no supercílio. A professora diz nunca ter passado por uma situação de agressão, durante os 19 anos em que leciona, mas não teme que isso volte a acontecer e diz não ter raiva da agressora.

"Tenho que seguir minha vida. A vida continua e tenho que seguir em frente, preciso do meu emprego, quero trabalhar até completar minha idade e não posso ir trabalhar com medo. Não estou irada com ela, mas ela precisa pagar pelo que fez", diz Verinha.

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