quinta-feira, 5 de outubro de 2017

CATADORES QUE SOBREVIVEM DA COLETA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM JI PARANÁ, DENUNCIAM O DESCASO E RECLAMAM DA SITUAÇÃO DEGRADANTE EM QUE VIVEM DENTRO DO “LIXÃO MUNICIPAL”


O desemprego, a falta de qualificação profissional  e uma série de outros fatores fazem com que muitos catadores busquem subsistência em locais como os chamados “lixões”. No Brasil, num  ambiente insalubre que oferece riscos de contaminação por vários tipos de doenças, para trazer o sustento das famílias muitos desses trabalhadores passam grande parte do dia nos  lixões,  recolhendo materiais recicláveis como sacolas plásticas, garrafas pet ou metais.  A  legislação ambiental vigente no pais  já determinou o fim dos “lixões “ no ano de 2014, porém muitos municípios brasileiros ainda insistem na prática, em Rondônia a cidade de Ji-Paraná, “região central do estado”, município  com mais de 118 mil habitantes, além do  descumprimento da
Lei 12. 305, mesmo de forma irregular, o lixão já prejudica quem sobrevive da coleta seletiva no local. De acordo com o catador “Isaias Castro de Oliveira” diariamente caminhões  de lixo estão trazendo todo tipo de resíduos sólidos e outros dejetos e descarregam no local. Segundo ele, o perigo não para por ai, dentro do próprio  lixão em funcionamento há muitos anos, “caminhões de fossa” descarregam todos os dias, nada mais nada menos do que “esgoto”  numa lagoa que se formou dentro das estruturas do lixão.  Estas lagoas ficam bem próximas a um córrego que corta próximo ao lixão e  no período das chuvas, quando ocorre o aumento dos níveis de água, todo material contaminante da lagoa acaba sendo despejado dentro do rio, comprometendo também muitas  propriedades rurais próximas, sem nenhum controle ambiental. De acordo
ao denunciante todo o lixo urbano produzido está sendo jogado indiscriminadamente no local sem qualquer tipo de proteção, o que  compromete o trabalhos dos catadores, aumentando a proliferação de doenças oriundas  de animais como ratos, baratas, pernilongos e aves. Para os trabalhadores do lixão, a conclusão da obra do aterro sanitário ao lado do lixão seria de fundamental importância para a classe, pois além de garantir a destinação final do lixo de forma segura,  os trabalhadores da coleta seletiva em parceria com a cooperativa existente no lixão, iriam dispor de um ambiente adequado e mais confortável para fazerem a separação dos materiais recicláveis. A conclusão do aterro sanitário ainda esbarra em entraves burocráticos que precisam ser vistos com bons olhos por parte do poder público e a gestão municipal, pois o mesmo está pronto para iniciar a operação em Ji-Paraná, aguardando apenas a liberação Judicial para funcionamento.



Fonte:AROLDO TAVARES

Nenhum comentário:

Postar um comentário