Com a falta de chuva e a baixa dos reservatórios no Sul do País, a geração de energia elétrica ficou mais cara, principalmente em Rondônia com impactos nas contas de luz e prejuízos no comércio e na indústria. Outros agravantes como demissões foram registrados, além da ameaça de fechamento de algumas empresas. Pelo volume de energia, que o Estado exporta o cenário seria outro, ao contrario do existente com contas com valores abusivos praticados pelas distribuidoras de energia .
Hoje, a maior fonte geradora de energia no Brasil são as usinas hidrelétricas, que produzem em média 79% de toda a energia no país. Há também as usinas termelétricas, movidas a carvão e diesel, e ainda a nuclear, eólica e solar. O que em nada reflete nas redução das contas de consumo.
A falta de chuva e a dificuldade em compor os reservatórios afetou a forma de produção mais barata, no caso, as hidrelétricas. A saída foi acionar as usinas termelétricas, que necessitam de um maior investimento maior para produzir. Por outro lado as distribuidoras recebem esses valores e passam para as geradoras e para o fundo do governo, que financia os subsídios para a tarifa. É por esse motivo que a conta de energia passou por reajustes maiores.
O deputado federal Marcos Rogério (PDT/RO), que ja havia cobrado explicações da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, sobre os critérios utilizados para o estabelecimento das bandeiras tarifárias. Foi incisivo em suas cobranças e pedido de explicações pelo qual foi atribuída a bandeira vermelha ao estado de Rondônia (que determina tarifa mais cara para os usuários da região), mesmo após a inauguração das Usinas de Santo Antônio e Jirau.
“Primeiro eu quero entender como que Rondônia, que é um dos estados que mais produz energia para atender todo o País, tem uma tarifa tão abusiva como essa. Tivemos, recentemente, a inauguração das Usinas de Santo Antônio e Jirau, que juntas possuem capacidade instalada atual de 3.950 megawatts, e mesmo assim o nosso estado está atribuído à bandeira vermelha”, salientou.
A agência estabeleceu três bandeiras; verde, amarela e vermelha. Sendo: Verde: Condições favoráveis de geração de energia, a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Amarela: Condições de geração menos favoráveis, a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos. Vermelha: Condições mais custosas de geração, a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,055 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos.
“Porque o meu estado, que pertence à região norte, está submetido ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO)? Estamos pagando uma tarifa alta por estarmos inseridos em outra região que não é a nossa? Os reservatórios da região norte encontram-se com bons níveis, e dessa forma os estados que compõe esse subsistema vão pagar bem menos pela energia elétrica”, destacou.
A aplicação das bandeiras tarifárias foi operacionalizada pelas distribuidoras, desde janeiro de 2015. As condições (favoráveis ou não) têm a ver com os níveis dos reservatórios das usinas e com a intensidade de uso da energia complementar oriunda de termelétricas.
“Precisamos de uma resposta com urgência, pois desta forma estaremos evitando demissões e o fechamento de algumas empresas no Estado. Os prejuízos são notórios em todos os setores. A pergunta que faço é até quando as empresas vão suportar esse arocho nas contas. Vou cobrar diretor Geral da ANEEL, Romeu Donizete Rufino, uam resposta imediata em busca de soluções para reduzir a conta de energia elétrica dos rondonienses”, alertou Marcos Rogério, deputado Federal.
Presidentes, diretores e superinetes da Acijip, Fecormercio, CDL e Fefa, questionam valores praticados pelas concessionarias e prejuizos na economia do Estado
Presidente da Aciji – Hugo Araujo - Nós em Rondonia temos a tarifa Energética dentre as mais caras do país, sufocando consumidores, e afastando as industrias e o desenvolvimento, e o mais curioso é que boa parte da Energia do país saí do nosso estado para os grandes centros.
Presidente da CDL – José Aparecido - Atualmente somos os maiores exportadores de energía. Na contramão somente são os valores que praticados não condiz com a realidade de Rondônia. Dessa forma inviabiliza novos investimentos gerando prejuizos em cadeia em todo estado
Presidente do Fefa – José Vidal - Ja estamos acima de nossos limites. Os valores praticados estão fora de nossa realidade, são desproporcionais. É impossivel não pensar em demissão com uma energía nesse preço. É um verdadeiro massacre para as empresas
Presidente da Câmara Municipal - Nilton Cezar – Precisamos unir forças para revertermos essa situação. Não podemos pagar uma energía tão cara como essa. As empresas não resistem e os consumidores tem hoje um reajuste fora da nossa realidade
Fonte:Wilson Neves
Nenhum comentário:
Postar um comentário