Conforme explicou o biólogo Nilton Neves, coordenador Estadual do Programa de Esquistossomose da Agevisa, 241 casos da doença foram registrados no período de 2009 a 2014, em 34 municípios, sendo que todos os casos notificados são importados de outros estados.
Caramujo africano
A Agevisa está começando esta fase do trabalho de vigilância e controle da doença envolvendo a região central do Estado, justamente os municípios que mais registraram casos: Ji-Paraná, Urupá, Ouro Preto, Jaru, Theobroma e Jorge Teixeira. A proposta é intensificar as ações nos 52 municípios de Rondônia, até o final do ano. “Nossos técnicos estão treinando servidores das Secretarias Municipais de Saúde para atuarem no combate à esquistossomose”, destacou Neves.
A esquistossomose é uma doença que leva a problemas de saúde crônica. A infecção é adquirida quando as pessoas entram em contato com água doce que está infectada com as formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. Os vermes adultos microscópicos vivem nas veias de drenagem do trato urinário e dos intestinos. A maioria de seus ovos fica presa nos tecidos e reação do corpo a eles pode causar grandes danos à saúde.
Com isso, dentro de algumas semanas, os vermes crescem no interior dos vasos sanguíneos do corpo e produzem ovos. Alguns desses ovos viajam para a bexiga ou intestinos e são passados para a urina ou fezes.
O coordenador Neves, acrescentou que a esquistossomose tem duas fases: inicial, detectada pelo exame de fezes (busca ativa do paciente, que tem tratamento nas unidades de saúde; e aguda, quando o paciente já apresenta aumento do fígado e baço, levando a óbito.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a esquistossomose afeta quase 240 milhões de pessoas no mundo, e mais de 700 milhões de pessoas vivem em áreas endêmicas. A infecção é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, em comunidades carentes sem acesso à água potável e saneamento adequado. Vários milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de patologia grave em consequência da esquistossomose.
No Brasil, a esquistossomose está presente em 19 estados e existem aproximadamente 26 milhões de brasileiros expostos ao risco de contaminação, segundo o Ministério da Saúde.
CARAMUJO AFRICANO
A Agevisa também alerta a população para outro grave problema de saúde pública que é o caramujo-gigante-africano, que são capazes de provocar doenças em humanos e animais domésticos, contaminam a água e devastam plantações e jardins.
Nilton Neves, biólogo, é coordenador Estadual do Programa de Esquistossomose da Agevisa
Nilton Neves, biólogo, é coordenador Estadual do Programa de Esquistossomose da Agevisa
Nilton Neves, biólogo, é coordenador Estadual do Programa de Esquistossomose da Agevisa |
“O número de caramujos aumenta sempre depois das chuvas e a melhor forma de controle é mesmo pegá-los com as mãos, desde que estejam com luvas. A captura deve ser feita nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando os caramujos saem para comer”, acrescentou Neves.
Para tentar reduzir o índice de proliferação do caramujo africano, a Agevisa está preparando uma ação conjunta com os órgãos municipais e a população em geral. Será realizada uma campanha de orientação e esclarecimentos sobre o assunto.
Fonte
Texto: Marilza Rocha
Fotos: Admilson Knightz
Decom - Governo de Rondônia
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