As hepatites se caracterizam por uma inflamação no fígado e podem ser causadas por álcool, medicamentos e vírus, por exemplo.
Porém, elas são doenças silenciosas e 90% dos casos não dão sintomas - apenas 10% dão sinais, como urina escura e pele amarela, por exemplo e, em algumas situações, inclusive, sinais semelhantes aos de uma gripe. No Bem Estar desta segunda-feira (7), o infectologista Caio Rosenthal e o hepatologista Mário Pessoa deram dicas de como se proteger contra as hepatites virais A, B, C, D e E.
No caso da hepatite A, o vírus é transmitido pelo contato da mão suja de fezes com a boca ou por meio de água, alimentos e objetos contaminados por fezes. Porém, a maior parte dos casos não causa uma doença crônica no fígado. Mesmo assim, é importante se proteger e, segundo os médicos, uma das formas é manter as mãos sempre limpas e bem higienizadas. Há ainda a vacina para hepatite A, mas ela só está disponível no Sistema Único de Saúde para populações vulneráveis.
Já o vírus da hepatite B pode ser transmitido através do sangue contaminado e também pelo sexo, por isso a importância de usar camisinha sempre durante as relações sexuais. Esse tipo de hepatite não tem cura e, por isso, outra medida de prevenção extremamente importante é a vacina, disponível na rede pública para crianças, jovens e adultos até 49 anos – nesse caso, a vacina protege também contra a hepatite D já que para tê-la, o paciente precisa ter também a B.
O contato com sangue contaminado também pode transmitir a hepatite C, porém nesse caso, o risco de transmissão pelo sexo só ocorre se houver sangramento durante a relação.
Segundo os médicos, quem é infectado pelo vírus C pode desenvolver a forma crônica da doença ou não, tendo apenas que conviver com ele. Além dos danos ao fígado, como cirrose, câncer e insuficiência hepática, a hepatite C também pode levar à diabetes, comprometer os rins e nervos e causar artrites em diferentes articulações.
Para evitar o vírus C, é importante tomar cuidado ainda com o compartilhamento de objetos, como alicates, por exemplo, que devem ser sempre esterilizados. A hepatite D também é transmitida pelo sangue e, da mesma maneira que os vírus B e C, exige cuidado com o compartilhamento de objetos, como escovas de dentes, seringas, depiladores e barbeadores portáteis.
Além disso, para quem quer fazer tatuagem, é preciso se certificar de que o profissional respeite todas as normas de segurança, como mostrou a reportagem da Renata Ribeiro
Já a hepatite E é transmitida da mesma maneira que a hepatite A: através da mão, água ou alimentos contaminados por fezes. De maneira geral, esses dois tipos da doença evoluem bem de forma espontânea e têm cura, porém é melhor se prevenir lavando bem a comida com hipoclorito de sódio, como alertou o infectologista Caio Rosenthal.
Como na maioria dos casos, essas doenças não dão sintomas, existe um teste disponível no Sistema Único de Saúde que pode ajudar a diagnosticá-las. Porém, não é necessário que todas as pessoas façam, apenas os mais vulneráveis, ou seja, que fizeram transfusões antes de 1993 (quando não havia conhecimento do vírus), usuários de drogas, tatuados ou com piercing ou que fizeram sexo desprotegido.
Fonte: Bemestar
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