Os rumores sobre a criação de um novo partido deixam em alerta as siglas que poderão perder o espaço conquistado no Congresso Nacional após as eleições do ano passado. O projeto que pretende lançar o PL (Partido Liberal) já é do conhecimento dos parlamentares.
Pela atual legislação, políticos que foram eleitos por qualquer legenda podem migrar para uma nova sem que a fidelidade partidária seja desrespeitada. O fato pode enfraquecer algumas bancadas e reorganizar as forças no parlamento.
A ameaça maior é para a oposição, que já viu isso ocorrer em 2012 com a criação do PSD (Partido Social Democrático) pelo mesmo grupo que agora cogita relançar o PL - extinto em 2006.
Para o líder do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) na Câmara, Antonio Imbassahy, a ação faz parte de uma estratégia do governo para enfraquecer os opositores. Porém, o próprio governo poderá ser atingido, caso o PL seja efetivamente criado.
Como explica o vice-líder do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) na Câmara, Danilo Forte, há o sério risco de correligionários serem seduzidos pelo novo partido.
Mas, com o objetivo de obter mais folga na articulação de interesses com o Congresso, a chegada de um novo partido poderá ser vantajosa. O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), diz que as restrições sobre as novas alianças são pequenas.
Há estimativas de que o novo PL possa ser criado com a adesão de 30 deputados na Câmara dos Deputados, além de senadores e até mesmo governadores de Estado.
Fonte:Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes
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