quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vereador diz que renuncia e abandona a cidade, caso CPI de Médici dê em pizza

O próximo dia 16 de dezembro de 2013 poderá marcar a história do município de Presidente Médici/RO como "o Dia em que um vereador renunciou o mandato e foi embora da cidade". A promessa foi feita pelo próprio parlamentar, durante entrevista de rádio, nesta quinta (12). Rubi Ferreira da Costa, o ex-policial militar Sargento Rubi (PMDB), está certo de que a conclusão de uma CPI contra a gestão da prefeita Lourdes Alves Dantas (PT) deverá culminar em abertura de Comissão Processante, afastamento ou até cassação.


 
Na noite de hoje, em sessão ordinária, a Câmara Municipal deverá fazer a leitura do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, que foi instaurada para investigar possíveis irregularidades e excessos em contratações de pessoal pelo Executivo. Segundo o vereador Rubi, a atual gestão mediciense teria maquiado a planilha referente ao impacto dos índices de gasto com pessoal. Neste sentido, o parlamentar alega que a Casa chegou a alertar a prefeitura sobre os limites prudenciais impostos em Lei, mas que, segundo ele, os gestores petistas insistiram com as contratações.

O vereador Rubi "ensinou" aos ouvintes sobre CPI. "Essa CPI é um inquérito muito parecido com um inquérito da Polícia Civil. Ele capta todas as informações, ouve e investiga, mas não tem poder para condenar", disse. Com os procedimentos concluídos, Rubi esbravejou, na entrevista, dizendo que apresentará carta de renúncia e abandonará a cidade, caso os colegas edis não aprovem a criação de, pelo menos, uma Comissão Processante. O vereador oposicionista ao governo municipal acredita que o conteúdo juntado ao caderno apuratório é suficiente para convencer o Parlamento a tender-se pela punição à prefeita.

Rubi teme que os vereadores sejam "comprados", não aprovem as medidas punitivas e cessem os procedimentos. "Se não for instaurada uma Comissão Processante hoje porque algum vereador se vendeu, eu renuncio", reforçou. E o parlamentar avisou aos ouvintes: "não façam aposta. Quem apostar que eu não tenho coragem de renunciar e ir embora daqui, vai perder dinheiro". Segundo Rui, o PT teria tentado seduzir vereadores na última sessão em que a visitante prefeita de Jaru se utilizou da Tribuna para pedir mais reflexão sobre o assunto e remediar a questão.    
   
O vereador Sargento Rubi, que disse estar com olheiras de tanto trabalhar na apuração da CPI, garantiu, ainda, que não se vende. "O homem que se vende é um ser desprezível. Não tentem comprar a honra de um homem", disse ele após elogiar a gestão do presidente da Câmara e também ferrenho opositor, vereador Joãozinho da Caerd, no qual o serve nos trabalhos legislativos como segundo secretário na Mesa Diretora. Para Rubi, Joãozinho é um verdadeiro administrador e que, ele sim, é quem estaria preocupado com o município de Médici.

Rubi salientou que é um "grande combatente" da criminalidade e que deseja deixar uma cidade limpa para os netos. Em toda oportunidade que tem de discursar em público, o ex-PM faz questão de recordar os seus enfrentamentos armados com bandidos, segundo ele, muito perigosos de Médici. Sobre o assunto, o vereador chegou a mencionar, na XII Sessão Ordinária da Oitava Legislatura da Câmara, em 23/08/2013, que responde por dois processos de crime de tortura. Na fala, que está registrada em ata oficial, o parlamentar alega que os crimes a que foi acusado foram cometidos em defesa do povo e que ainda não foi condenado.  


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