sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Feira do Agronegócio do Leite prepara Rondônia para mercado externo de laticínios

Valmiro produz queijo em Nova Dimensão, distrito de Nova Mamoré
Um queijo mussarela de 55,5 quilos cortado de forma cerimoniosa no estande do produtor rural Valmiro Ferreira Pandinho, simboliza a grandeza da Feira do Agronegócio do Leite do Estado (Rondoleite), aberta na manhã desta quinta-feira (16), no município de Ji-Paraná. Rondônia é o maior produtor de leite da região e faz esforços impulsionar ainda mais o setor de olho em mercados promissores fora do país.
Ji-Paraná recebeu mais de mil produtores de leite, que chegaram em caravanas de diversos municípios para ter acesso a tecnologia, conhecimento e financiamento. Com isto, o governo do estado, que promove a Rondoleite através da Secretaria de Agricultura (Seagri) e apoio da Agência Idaron e Empresa Emater, quer fazer com que a cadeia produtiva encontre caminhos que levem a um crescimento ainda maior.
Rondônia produz 2,2 milhões de litros diários de leite, mas o volume pode ser duplicado se apenas 40% dos produtores presentes ao evento em Ji-Paraná aplicarem, em suas propriedades, os ensinamentos que estão sendo disponibilizados. A estimativa é do secretário de estado da Agricultura, Evandro Padovani.
O entusiasmo do governador Confúcio Moura, que foi a Ji-Paraná para a abertura oficial da Rondoleite, pode ser percebido em todas as fases do breve discurso que fez. Diante de gente simples e de mãos calejadas que sai toda madrugada para ordenhar vacas, Confúcio assegurou que o leite “é a bola da vez” para o governo.
Significa que, assim como o estado transformou-se, em sete anos de seu governo, o maior produtor nacional de peixe de água doce, o mesmo deve acontecer com o leite.
Governador destacou o crescimento do segmento de laticínios em Rondônia
Confúcio tem planos audaciosos. Quer alcançar o mercado externo com derivados do leite de alta qualidade e com preços competitivos. A meta, entretanto, só será alcançada se o produtor se abrir para o conhecimento, para as novas tecnologias. “Sou defensor da globalização local. Temos que dominar bem o setor interno. Só depois, partir para avanços maiores”, afirmou.
Também estão na Rondoleite, além dos técnicos que ministram palestras, os representantes das agencias financiadoras, que oferecem crédito aos produtores. O Banco do Povo disponibilizou dinheiro com carência de seis meses e juro zero. A oferta, anunciada pelo governador, recebeu aplausos demorados.
AGROINDÚSTRIA
A feira também é oportunidade de negócios como fertilizantes, produtos para os animais e, como não poderia deixar de ser, tudo o que as agroindústrias, sobretudo as familiares, fazem após a ordenha das vacas.
As discussões sobre os problemas que afetam o mercado do leite também são foram tratados nos discursos feitos por parlamentares na abertura da feira. A ameaça que vem do Uruguai, que exporta derivados do leite para o Brasil a preços mais baixos, não passou em branco.
Neste caso, a saída é aumentar a produção e a qualidade, concordaram os oradores. Impedir que a importação aconteça depende de um decreto legislativo que o Congresso por de votar. Os senadores Valdir Raupp e Acir Gurgacz prometeram agir para que isto aconteça.
A Rondoleite vai produzir até o encerramento, na sexta-feira (17), conhecimento e oportunidade de negócios. Bom para pessoas, que como o produtor Valmiro Ferreira Pandinho, o dono do queijo mussarela de 55,5 quilos, continue expandindo os negócios.
A agroindústria de Pandinho emprega oito familiares. Fica em Nova Dimensão, distrito de Nova Mamoré, mas comercializa produtos para Porto Velho, Ariquemes, Buritis, Monte Negro e Guajará Mirim. Em Ji-Paraná, Pandinho já prospecta um novo mercado. “Se for possível, vamos ainda mais longe”, garantiu.
Fonte:Secom - Governo de Rondônia
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Daiane Mendonça

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