Pedra com bacias eram preenchidas com água para ver constelação (Foto: Carlos Neves/Arquivo Pessoal) |
Um pesquisador autônomo
de Rondônia pode ter descoberto o primeiro altar da civilização Inca no Brasil.
De acordo com o especialista em georreferenciamento Joaquim Cunha da Silva, o
santuário foi localizado em um sítio de Rolim de Moura (RO) e está sendo estudado
desde 2009. Ao G1, o pesquisador diz que no local existem pedras com
"bacias" que correspondem aos dias lunares e também em formato de
pirâmide, com desenho de animais e pessoas. O Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (Iphan) investiga a descoberta.
O pesquisador Joaquim
Cunha da Silva, de 59 anos, é o responsável pela descoberta. Conforme o
profissional em georreferenciamento, o altar fica dentro de uma propriedade
rural e trata-se de uma pedra onde existem 29 "bacias" escavadas no
topo da rocha. Ao lado, em uma pedra menor, foram localizados mais sete buracos
do mesmo formato.
"Acredito que essas
29 bacias correspondem aos dias lunares e eram preenchidos com água para servir de espelho, onde se via no
reflexo as constelações e os planetas.
Já os sete buracos representavam os dias das semanas", diz.
O local, segundo o
pesquisador, era provavelmente usado para rituais religiosos dos Incas,
realizados sob o efeito de plantas alucinógenas. "Próximo do sítio foram
encontrados pés da chacrona e do cipó mariri, que são plantas utilizadas em
alguns rituais. Isto reforça a ideia que eles usavam o reflexo da lua nas
bacias para planejar o futuro, fazer previsão sobre o efeito das ervas, de
plantações e colheitas", aponta.
Do G1 Cacoal e Zona da Mata-Rogério Aderbal
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