domingo, 27 de abril de 2014

MACHADINHO - Polícia Civil desvenda duplo assassinato e prende suspeito

O Serviço de Investigação da Polícia Civil – SEVIC, prendeu o suspeito de ter cometido um duplo homicídio em Machadinho. O crime, que vitimou mãe e filha, aconteceu na noite de quarta-feira (23), na linha MA-16, km 45, zona rural. A prisão do suspeito Jonas Santos Ferreira aconteceu na tarde deste sábado (26) no município de Presidente Médici, ele era marido da vítima e padrasto da criança. Inicialmente o suspeito alegou inocência, mas diante das evidências apresentadas acabou confessando ter matado a mulher e a enteada, de apenas 10 anos de idade. A motivação do crime teria sido ciúmes e a ameaça da esposa em acabar com o relacionamento.

O CRIME
De acordo com as investigações o suspeito teria ido para um bar onde ingeriu bebida alcóolica durante todo o dia, enquanto sua esposa trabalhava na colheita de café, ao chegar em casa, já no início da noite, Jonas executou a sua esposa  Glória Kistiner (46) e a sua enteada Emília Kistiner Ferreira (10). No local a polícia encontrou uma espingarda calibre 28, cartuchos e vários objetos utilizados para recargas da arma. A polícia ainda não identificou a arma utilizada no crime. A mulher pode ter sido estrangulada antes de ser alvejada por disparos. A menina foi morta a tiros ao lado da mãe. Os corpos foram encontrados dois dias depois em um colhão, no quarto da casa onde vivia a família.
Em depoimento a polícia, Jonas confessou a autoria do crime e alegou ter executado a esposa após ela ter ameaçado deixa-lo. Em seguida Jonas executou também a sua enteada. A menina, apesar de não ser filha biológica do acusado, tinha o seu nome registrado como pai na certidão de nascimento.
A INVESTIGAÇÃO
A partir do encontro dos corpos a policia foi acionada e a perícia compareceu ao local, em seguida agentes do SEVIC iniciaram os trabalhos investigativos.
QUARTA-FEIRA (23) - A vítima saiu cedo para colher café enquanto o marido Jonas Santos Ferreira teria ido para um bar, nas proximidades, onde passou todo o resto do dia ingerindo bebidas alcóolicas. A vítima não mais foi vista nos dias que se seguiram.
QUINTA-FEIRA (24) - Jonas pediu dinheiro emprestado a um comerciante, deixando a cidade em seguida.

SEXTA-FEIRA (25) - Os corpos das vítimas são encontrados por familiares, na sala da casa com marcas de tiros, já em estado de decomposição. No local foi encontrada uma espingarda, ainda não se sabe se a arma foi utilizada para cometer o crime.
No decorrer das investigações os agentes policiais apuraram que o marido seria uma pessoa ciumenta e agressiva. Testemunhas afirmaram que nos últimos dias teriam presenciado diversas brigas do casal e que a vítima teria manifestado seu desejo de terminar o casamento. Este fato irritou muito o marido que não queria a separação.

A PRISÃO

Com vários elementos que ligavam o marido ao crime a polícia solicitou ao juízo da Comarca a decretação de prisão temporária, que foi imediatamente deferida, sendo emitido o mandado de prisão preventiva do suspeito.

A ação rápida e conjunta das polícias civil de Machadinho e Presidente Médici, muito bem coordenada pela delegada de polícia Fabrízia Elias Alves, elucidou em poucos dias um crime bárbaro e cruel que chocou a sociedade machadinhense.Para cumprimento da ordem judicial, a polícia suspeitando que o acusado estivesse em Presidente Médici, solicitou apoio dos agentes daquela localidade para tentar localizar o suspeito. Agentes do SEVIC daquela delegacia foram até a casa da irmã do infrator que confirmou que ele estaria na cidade, mas teria se ausentado para pescar. Os policiais

 deixaram uma intimação para que Jonas comparecesse à delegacia local. Horas mais tarde, o suspeito compareceu a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Presidente Médici, e durante o interrogatório acabou confessando o crime, afirmando que praticou o homicídio por ciúme da esposa e que após matá-la, ceifou também a vida da menina Emília a quem criava como filha.


A violência utilizada por Jonas contra a esposa e estendida á filha nos remete a diversos outros crimes semelhantes que ocorrem por todo o país, principalmente àqueles em que os pais ou padrastos matam os próprios filhos ou enteados. Em Porto Velho, o garoto Arthur Pietro foi assassinado pelo pai e a mãe acobertou o crime durante quase um ano. Os dois foram presos recentemente após a mãe confessa a participação no crime (leia matéria). 


O caso mais recente de violência contra família, com grande repercussão nacional, envolvendo criança, aconteceu em Três Maria-RS, quando o menino Bernardo (11) foi assassinado, possivelmente com uma injeção letal. A madrasta, o pai do garoto e uma amiga da família foram presos suspeitos de participação no crime (leia matéria).

Fonte: conexaoamazonia.com.br

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